2.º DIA



Acordei com o corpo dolorido. Tinha reservado o segundo dia para descansar, mas, como não podia ficar incomunicável quando estivesse fora do hotel, fui tentar levantar algumas moedas locais. Foi complicado, no primeiro ATM pensei que os meus dois cartões não funcionavam; só no segundo é que deu certo. Depois fui comprar o pacote inicial usando o cartão visa.  De novo o problema da língua continuava. Quando a moça do atendimento percebeu que eu era estrangeiro, fez um esforço para falar português, mas logo misturava com o crioulo.

A seguir, fui fazer um pequeno rancho. Como estava no centro da cidade, tive que entrar num supermercado, embora eu preferisse ter comprado com as senhoras da esquina, só depois que conheci o Zimpeto de Cabo Verde. 

Num sítio onde no mínimo deveria ter levado 15 minutos, levei quase uma hora dando voltas não porque a lista era longa, mas os rótulos, os nomes e até os designs dos produtos eram diferentes, ainda que alguns fossem portugueses e também existissem em Moçambique.

Tive de pedir a uma moça que também fazia compras para me ajudar com coisas simples como o açúcar e o óleo de cozinha. Por acaso, ela foi muito gentil e, apesar das misturas, falava português.

Levei os meus produtos para casa e tentei pedir informações sobre os transportes a uma pessoa que vivia ali por perto. Era a única que podia ajudar… mas só falava crioulo. E aquele crioulo puro, rápido, impossível de acompanhar para quem é o primeiro contacto….continua…

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